quarta-feira, 14 de setembro de 2011

SELENA

Selena era uma bela jovem, pele branca e suave, cabelos negros e lisos herdados de sua elegante mãe. Seus olhos eram cor de mel, mas às vezes, principalmente nos dias frios do forte inverno que fazia no sul, ficavam levemente esverdeados... Sua boca tinha um contorno provocante e fazia jus ao corpo adolescente inteiramente delineado. Apesar de, aparentemente, possuir tudo (que uma família estruturada de classe média alta poderia oferecer), a garota tinha olhos tristes, um olhar vazio a exteriorizar o vazio que era o seu coração. Apesar de ser a menina mais desejada de seu colégio, Selena não olhava para os meninos com recíproca no interesse, pois possuía ideais, valores únicos que faziam dela alguém muito especial, era a única virgem de seu seleto grupo de amigas. Ao contrário do que algumas pessoas disseminavam, Selena não era lésbica, apenas acreditava no amor a primeira vista, na atração do primeiro olhar, na certeza dada somente pelo seu coração que “aquele” seria seu príncipe encantado! Aquele que lhe permitiria o seu “Felizes para Sempre”.
Era fim da manhã de um sábado. Não era habitual barulho na rua de sua casa, logo, a garota levantou-se de sua cama para averiguar o que estava acontecendo. Ao sair para a varanda de seu quarto, notou que uma família estava a mudar para a casa ao lado, o que a princípio pareceu estranho, já que ninguém nunca nem cogitou que o senhor e a senhora Stiegel tinham interesse em vender a charmosa casa amarela. Debruçada observando a movimentação, assim como tantos outros vizinhos curiosos, Selena reparou em um homem de jaqueta de couro chegando em uma bela moto e adentrando a garagem. Devia ser o novo proprietário, pensou a bela jovem.
Após um banho de espuma com sais em sua banheira, hábito (quase um ritual) de todo despertar aos sábados, desceu para o desjejum com seus pais e assustou-se com a abordagem eufórica de sua mãe com a novidade de vizinhos novos. Euforia tamanha, que ela mesma, na ausência da doméstica, havia preparado uma atraente torta de boas vindas para os misteriosos novos vizinhos e, sem sobreaviso, anunciou à filha que ela entregaria o “mimo”. Assustada com a inusitada novidade, disse à mãe que não poderia atender ao seu pedido, já que a timidez não lhe permitia sequer imaginar presentear um estranho com uma torta, completando que culturalmente ela só havia visto o feito em filmes norte-americanos. Vinte minutos depois, saia Selena com a torta delicadamente decorada em uma bandeja rumo à casa amarela. Sua mãe possuía argumentos que apenas mães possuem.
Ding-dong. Soprando a franja que caia em seu rosto, pensou: “O que estou fazendo aqui?”. Ela não se questionaria se soubesse que o destino estava a segundos de revelar através da porta a sua frente, a pessoa que lhe traria a mais mágica experiência de sua vida...

 

3 comentários:

  1. AHHHH NÃO...vc vai fazer uma novela...e esse "continua" será qdo?

    manda logo...pq senão o povo te estrangula...rs.

    abração

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  2. KKK pode ter certeza!!!! Posta!!! Posta! Posta Jááaááá!!! rsrsrsrsrsr
    Mil bjs, e aguardo a continuação...
    Bjssss!

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