quinta-feira, 29 de setembro de 2011

BULLYING

Vamos falar de modismo! Surpreendente como se fala de Bullying atualmente, sendo que até pouco tempo atrás o nome do momento era “hiperatividade” e, antes disso, “déficit de atenção”. Não que estes problemas escolares não existiam ou existam, bem pelo contrário, existem sim e são presentes há muitas décadas! Apenas não tinham recebido nomenclatura.
O fato é que virou moda especular temas do gênero. Se o assunto é déficit de atenção: “Meu filho tem déficit de atenção”. Se o assunto é hiperatividade: “Pronto, solucionado o problema do meu filho, ele tem hiperatividade!”. Agora é Bullying...

No início do meu curso de psicologia eu estudei este assunto, e olha que não era dos mais recentes, recordo-me que a Doutora Simone Meyer citou tratar de um fenômeno estudado na Noruega na década de 70, sendo assunto dos estudiosos brasileiros a partir da década de 80, ou seja, faz mais de 40 anos que estudam o assunto e, hoje, é o assunto do momento: “Chamaram meu filho de gordo na escola! É Bullying!”.
Para os leigos no assunto, uma breve explanação para que compreendam o conteúdo do texto: Bullying é um conjunto de comportamentos agressivos, repetitivos e intencionais, adotado por um ou mais alunos contra outro(s), sem motivação evidente, causando dor, angústia e sofrimento (basicamente).
Como puderam analisar, para que um indivíduo possa ser vítima de Bullying, este tem de sofrer REPETIDAMENTE as agressões, sejam verbais, físicas ou psicológicas. No entanto, devido ao modismo e ao amplo mercado que se abriu a partir da questão, qualquer xingamento deferido a qualquer pessoa recebe o título BULLYING. Generalização, banalização, depreciação...!
Estão vendendo o Bullying! Bullying em forma de livro, de CD, de história em quadrinhos, de palestras, em telejornais, revistas... Capa da semana: “Bullying! Veja como este menino se livrou da perseguição na escola! E mais, exclusivo: Atriz famosa declara ter sofrido Bullying no colégio por ser obesa, descubra quem é na página 10”. E lá está mais uma esquecida atriz, magra e photoshopada, tentando se auto-promover e voltar para a mídia.
E não é inacreditável como as pessoas compram modinha? Em roupas, nas dietas milagrosas (da sopa, do abacaxi, da ração humana)... Também compram ideias. O problema, como já disse (ou insinuei?), é a deturpação e a banalização dessas ideias. É fundamental que as pessoas busquem conhecimento, informação e deixem de comprar ideias prontas!
Seu filho não sofre de Bullying! Apenas o chamaram de gordo porque ele está acima do peso! Pare de mandar iogurte, bolacha recheada, fandangos, chocolate e outras porcarias nada saudáveis para o lanche no intervalo do colégio, que, certamente, será um enorme passo para uma mudança do seu filho, da postura dos amigos para com seu filho e, principalmente, da sua postura quanto vítima secundária!
Mais informação e ação. Menos modismo... #Ficaadica.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

FELICIDADE...

Quando a alegria tomar conta do teu ser, da tua alma...
Não questione aos céus, ao universo, a ninguém...
Simplesmente sinta-a e desfrute cada milésimo de segundo...
"Estar feliz por si só é a forma plena de felicidade!"
Compartilhe, divida... Multiplique!
Grite aos próximos em forma de oração...

Aproveito esta "coisa" boa, esta vontade de viver e compartilho o link de um vídeo que produzi a algum tempo... Have you ever seen the rain?



Forte abraço e feliz quarta a todos!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

DIREÇÃO NO INTERIORZÃO

Quem reclama do trânsito nas cidades grandes, não sabe o que é dirigir no interior do Estado de São Paulo. Se nas metrópoles o problema são os congestionamentos em horários de pico, analisem a situação, em período integral, de quem se arrisca no trânsito interiorano:
Há coisas que só quem vive em cidade pequena vê... E só vendo para crer! Alguma vez vocês foram impedidos de seguir por ter uma charrete na sua frente? E uma charrete com som? Do tipo que toca muito alto aquele sertanejo depressivo, cuja letra se refere justamente à sua triste e recente história? Pior que não conseguir ultrapassar o largo obstáculo que ocupa a rua, é chorar no volante e ter que ligar para o terapeuta para retomar a terapia.
Diferente dos OVNI’s, os “objetos” no interior são bem identificáveis! Além do exemplo citado acima, temos o(s) cavalo(s), o(s) boi(s)... O ciclista! Por que ciclista acha que tem direito a trafegar na contramão? E por que o indivíduo na bicicleta acha que tem direito a vagar na frente dos carros em zigue-zague como se fosse imortal? Ou são camicases ou são malucos que pensam que estão dirigindo carro! Desculpe, mas nas vezes que dirigi em São Paulo, não vi nada do tipo, e olha que eu observo hein!
Mas é claro, não podemos deixar de citar os pedestres! Ah! Os pedestres! Alguém explica para eles que os riscos brancos paralelos na esquina foi batizado de FAIXA DE PEDESTRES, justamente em homenagem a eles? É incrível como o famoso circular para no ponto e, justamente quando você vai passar do lado, aparecem cabeças de trás do ônibus observando se está livre para atravessar a rua... E geralmente estão puxando as crianças, a próxima geração que crescerá desconhecendo a tão desprezada faixa.
Então ponderem comigo: Certo dia você acorda atrasado e segue para o seu trabalho, no caminho você desvia de um cavalo, de um boi, (ou de um boi perseguindo um cavalo [não duvidem]), aguarda enquanto o cara da frente resolve o problema mecânico de sua bicicleta, ao ver o circular, você se adianta e já dá uma buzinadinha para alertar as cabecinhas que certamente aparecerão, mas... Trava na carroça com som! Você para, respira, chora ouvindo a letra, aguarda e segue... No quarteirão do seu trabalho você vai procurar uma vaga para estacionar:
“Aqui não, vaga para deficiente... Aqui não, vaga de idoso... Aqui não, vaga para moto... Aqui não, carga e descarga... Aqui não, é garagem... Aqui não, porque guardaram a vaga com cones... Aqui não, porque o cara simplesmente resolveu pintar a guia em frente ao comércio dele de amarelo...”

○!◙#¤!ῳ?ٍ&(!Ѡ§¤?#/°$¨!  #Quando vão inventar o teletransporte?

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

BONS x MAUS COSTUMES

Interessantíssimo o quanto os valores e costumes mudam, os bons e os maus! Valores e princípios norteiam nossa infância através de nossos professores, padrinhos, tios e outras pessoas importantes de nosso círculo familiar... O problema, no meu ponto de vista, é que está havendo uma inversão de valores e uma perda dos bons costumes.
Na escola, toda vez que a diretora entrava na sala de aula, todos os alunos levantavam-se e desejavam em coro um “bom dia Dona Regina!”. Não me recordo de alguma vez ter feito isso com má vontade, acho que porque já fazia parte da rotina o respeito àquela figura importante. Acredito que aí já adquiríamos o respeito à hierarquia, tanto usada em todos os âmbitos da vida.
Ainda no colégio, antes de entrar em sala de aula, cantávamos o Hino Nacional com a mão no peito e não era permitido o uso de bonés... Respeito à Bandeira Nacional e hino na ponta da língua também eram importantes na década de 80. “Em teu seio pessoal... não em teus seios...”, apontava a professora.
Após um dia atarefado na escola, ao chegar em casa, as obrigações para com a família também tinham de ser rigorosamente cumpridas. Exigência imposta pelo olhar-advertência de minha mãe.
Eu tinha uma tia andarilha, do tipo rebelde que optou pelo mais difícil na vida em nome de um “amor”. Vez ou outra ela ia até a minha casa para tomar café com as crianças e, toda vez que ela chegava, tínhamos que beijar sua mão direita e pedir-lhe benção.  Meus irmãos e eu não gostávamos muito, afinal, ela não lavava as mãos e, acho, sequer tomava banho. Mas beijávamos, fazíamos fila e pedíamos a “bença”, assim como seus vários filhos faziam com a minha mãe... Mas minha mãe lavava as mãos sempre, rs.
O que quero dizer é que por mais que não gostássemos de algo, ou tivéssemos que fazê-lo por “obrigação”, fazíamos! E não morremos por isso! Não olho para trás e vejo como algo ultrapassado ou como “coisa de gente antiga”, como dizem por aí! Bem pelo contrário, todos os meus irmãos cresceram, estudaram, tem trabalhos dignos e acredito que seja devido à capacitação que a boa educação, valores e princípios nos reservaram.
Engraçado, senão triste, como os valores são inversos hoje em dia. Os alunos não pedem sequer licença pra entrar em sala de aula, não obedecem ao professor... Levantar-se então para o diretor ou coordenador, nem em sonho! Isso tudo é taxado por muitos como brega, antiquado e adjetivos do gênero. Mas xingar o professor, não cumprir o dever, não saber cantar o próprio Hino do País, tudo isso parece normal no século XXI.

Benção? O que é isso? Talvez repetir a questão: “Respeito, o que é isso?”
Até quando enterraremos os bons e velhos costumes? O que mais precisa acontecer para que haja uma mudança de postura? Uma criança armada atirar nas costas de um professor e se matar? Ah, não... Isso já aconteceu...

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

NÃO GOSTO DO FUTEBOL

Não gosto do futebol. Ok! Talvez não tenha me expressado direito. Quando digo que não gosto de futebol, não me refiro à arte do esporte, mas sim, ao comércio e à fixação das pessoas que possuem a capacidade de tornar algo belo em horrendo.
O Brasil é mundialmente conhecido por este esporte, que hoje, é mais que uma religião, pois os pais batizam a criança desde o berçário com uma roupa do time do coração. Batismo na igreja demora um pouco mais ou, em alguns casos, fica pro adulto decidir mais tarde qual quer seguir.
O que discordo plenamente e o ditado “tudo é ruim em excesso” me apóia, é com o que fizeram com o futebol. Futebol comércio! Venda de camisas oficiais a valores exorbitantes, venda de ingressos para jogos a preços surreais, mesmo para aqueles que já pagam o tão famoso Clube, se for no camelô então, ingresso ao triplo do valor (e alguém tem dúvida que parte dos ingressos já é reservada para estes?).
Futebol profissão. Ótimo. Alguém pensa em conquistar com trabalho o dinheiro que um jogador de futebol profissional ganha em sua vida? Considero um erro os valores pagos à estes profissionais, que diferente dos torcedores, não estão ali pela camisa, e sim, pelo Clube que melhor paga, tanto faz se brasileiro ou internacional. Professores, base de tudo, são mal pagos, desvalorizados e não possuem sequer, na maioria dos casos, condições de trabalho.
Mas o pior de tudo é o futebol torcida. Cada um sabe o que faz com seu dinheiro, mas receber pouco mais que um salário mínimo, gastar com camisa do clube, boné, chaveiro, meia, adesivo pro carro, bandeira, comprar ingresso pro jogo e, no estádio, ao ver o time perder, quebrar tudo e com os pedaços agredir o adversário até a morte, sem avaliar que aquela pessoa é pai, filho, namorado ou marido de alguém, um ser humano... Um ser humano!
Os jogadores? Estes não estão NEM AÍ para o que aconteceu, “FODA-SE”. Eles perderam, mas receberão o mesmíssimo merecido salário. No máximo darão entrevista e, cheios de erros de português e concordância verbal, pela má qualidade do ensino que tiveram (se tiveram), dirão que “abominaram o ocorrido”.
Ok! Talvez tenha me expressado direito no início do texto: Não gosto do futebol.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

SELENA - PARTE II

Ding-dong. Alguém abriu a porta. O tempo parou, não se ouvia os pássaros, pessoas, carros ou sequer o vento, tudo emudeceu. Selena não sentiu sua respiração, seu coração acelerou, seus olhos estagnaram em alguém que fez o mundo girar mais devagar. Selena em pé na frente de um rapaz, belo, estatura mediana, moreno claro, olhos verde água, cabelos castanhos com um corte rebelde, estilo moicano, braços e peitorais fortes. O rapaz em pé, na frente de Selena. Nenhuma palavra, apenas olhares fixos, uma troca de energia, uma chama que preenchia o frio interior da bela sonhadora. Selena estendeu os braços, não disse nada, apenas estendeu os braços, pois não conseguiu projetar uma palavra. O rapaz estendeu os braços, seus olhos ainda se penetravam. Ele pegou a oferta e suas mãos se tocaram levemente, seus corpos se imploraram naquele momento. Selena virou e andou, apenas andou, não correu, fez a única coisa que conseguiu idealizar no momento. Passos firmes, um pé, depois outro... Assim foi até entrar em sua casa, trancar a porta e ignorar sua mãe que, movimentando os lábios e fazendo muitos gestos, não era ouvida. Ao entrar em seu quarto sentiu o ar voltar a seus pulmões, respirou profundamente, como se tivesse sobrevivido a um quase afogamento, o mundo voltou a emitir sons. Tudo havia voltado a um estranho normal, seu quarto ainda era o mesmo, mas tinha um colorido diferente, especial. A releitura de Monalisa na parede parecia sorrir mais, o ar tinha um estranho clima de chuva, daqueles ares agradáveis que a memória guarda de momentos bons... Selena se viu envolvida por um sentimento até então desconhecido: A paixão!
Sábado à noite. Como tantos outros a jovem ignorou o pedido das amigas e resolveu ficar em casa, desta vez, por um motivo mais especial, queria observar pela janela e descobrir o que pudesse sobre a pessoa-visão que teve naquela manhã.
A campainha toca repetidamente. Selena se irrita, pois ninguém atende à porta. Teriam todos saído sem avisar? Contrariada, desceu as escadas e ao atender à porta: Felipe! Disse o belo rapaz com um olhar sedutor. Selena! Retribui a garota sem muito pensar. Após alguns segundos de silêncio, Felipe lhe entrega a bandeja e agradece em nome de seus pais a gentileza pela receptividade. Sentindo a espontaneidade do garoto, Selena sorri e responde que não havia sido nada demais, já que era hábito de sua mãe preparar torta para recepcionar bem “novos vizinhos”. Mesmo não sendo verdade, foi a única resposta que lhe veio. Para quebrar mais um silêncio que se estabelecia, Felipe perguntou se ela conhecia os locais frequentados por jovens da idade deles naquela cidade, já que não havia mudado apenas de cidade, mas sim, de Estado, tendo vindo de São Paulo.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

SELENA

Selena era uma bela jovem, pele branca e suave, cabelos negros e lisos herdados de sua elegante mãe. Seus olhos eram cor de mel, mas às vezes, principalmente nos dias frios do forte inverno que fazia no sul, ficavam levemente esverdeados... Sua boca tinha um contorno provocante e fazia jus ao corpo adolescente inteiramente delineado. Apesar de, aparentemente, possuir tudo (que uma família estruturada de classe média alta poderia oferecer), a garota tinha olhos tristes, um olhar vazio a exteriorizar o vazio que era o seu coração. Apesar de ser a menina mais desejada de seu colégio, Selena não olhava para os meninos com recíproca no interesse, pois possuía ideais, valores únicos que faziam dela alguém muito especial, era a única virgem de seu seleto grupo de amigas. Ao contrário do que algumas pessoas disseminavam, Selena não era lésbica, apenas acreditava no amor a primeira vista, na atração do primeiro olhar, na certeza dada somente pelo seu coração que “aquele” seria seu príncipe encantado! Aquele que lhe permitiria o seu “Felizes para Sempre”.
Era fim da manhã de um sábado. Não era habitual barulho na rua de sua casa, logo, a garota levantou-se de sua cama para averiguar o que estava acontecendo. Ao sair para a varanda de seu quarto, notou que uma família estava a mudar para a casa ao lado, o que a princípio pareceu estranho, já que ninguém nunca nem cogitou que o senhor e a senhora Stiegel tinham interesse em vender a charmosa casa amarela. Debruçada observando a movimentação, assim como tantos outros vizinhos curiosos, Selena reparou em um homem de jaqueta de couro chegando em uma bela moto e adentrando a garagem. Devia ser o novo proprietário, pensou a bela jovem.
Após um banho de espuma com sais em sua banheira, hábito (quase um ritual) de todo despertar aos sábados, desceu para o desjejum com seus pais e assustou-se com a abordagem eufórica de sua mãe com a novidade de vizinhos novos. Euforia tamanha, que ela mesma, na ausência da doméstica, havia preparado uma atraente torta de boas vindas para os misteriosos novos vizinhos e, sem sobreaviso, anunciou à filha que ela entregaria o “mimo”. Assustada com a inusitada novidade, disse à mãe que não poderia atender ao seu pedido, já que a timidez não lhe permitia sequer imaginar presentear um estranho com uma torta, completando que culturalmente ela só havia visto o feito em filmes norte-americanos. Vinte minutos depois, saia Selena com a torta delicadamente decorada em uma bandeja rumo à casa amarela. Sua mãe possuía argumentos que apenas mães possuem.
Ding-dong. Soprando a franja que caia em seu rosto, pensou: “O que estou fazendo aqui?”. Ela não se questionaria se soubesse que o destino estava a segundos de revelar através da porta a sua frente, a pessoa que lhe traria a mais mágica experiência de sua vida...

 

terça-feira, 13 de setembro de 2011

O PEIDO

Há muitas restrições acerca de um assunto tão simples como o peido, por quê? Por que falar de peido incomoda tanto as pessoas, se rende horas de assunto e muitos risos? Ou vai me dizer que nunca jogaram o tema em uma roda de amigos e quase explodiram de rir com o tema? Todo ser fisiologicamente completo faz as necessidades fisiológicas e os gases fazem parte do processo. A não ser o carrapato, há quem diga que nem c* ele tem! Mito ou verdade? Amigo Gooogleeeeeee!!! Um minuto depois, após pesquisa, acreditem, carrapato não tem mesmo c* kkk, quanta infelicidade! Não poder ter a cumplicidade consigo mesmo de soltar um pum e olhar pros lados pra ver se alguém está olhando, não poder aliviar a tensão e culpar a pessoa próxima, não experienciar as várias espécies de puns existentes. Este “animal” foi amaldiçoado! Teria a história errado? Seria o carrapato culpado por Eva morder a maçã? É para se pensar...
Existe uma variedade de peidos, dos quais posso citar alguns:
Há o peido comum, expelido com menos força. Geralmente é ouvido em grupos nos quais as pessoas ainda não tem intimidade para peidar.
O peido nervoso, expelido em locais onde a pessoa não quer que seu peido seja ouvido (livrarias, supermercados, trabalho, etc) são geralmente controlados, baixíssimos e requerem muita destreza para domínio da técnica.
O peido tossido acontece quando o praticante tenta encobri-lo com tosse. Meu falecido tio soltava frequentemente esses peidos quando trabalhava no bingo da minha cidade. Ele ia para o fundo da sala e tossia simultaneamente. No entanto, esta arte também exige técnica, pois o "timing" tem de ser perfeito, senão pode ocorrer do peido ser mais longo do que o esperado.
O mais perigoso, na minha opinião é o peido molhado. Este possui um som aquoso. Geralmente é sinal de que algo está para acontecer e que uma visita ao banheiro é necessária. A variante "melada" indica que já é tarde demais.
Então amigos, vamos nos livrar das amarras do preconceito e falar abertamente sobre este assunto tão normal e natural. Mais! Vamos praticar e aprimorar a técnica, vamos nos permitir! Sentirmo-nos livres para livrarmo-nos do eu interior... Sem medo de sermos felizes.
Peido seco ou molhado
Cheiroso ou não
Em pé ou de lado
Brisa ou furacão
Solte o belo, que tapem o nariz
Cheirou caramelo, como sou feliz!
FIM :D

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

PULGOLÂNDIA

Algumas pessoas gostariam de ser leões, pois são imponentes, ferozes e reis da floresta. Outras pessoas desejariam ser águias, pois são predadores de visão, fortes, cujo céu é o limite. Eu gostaria de ser pulga!


Ok! Concordo que não é o mais bonito e que não parece normal, também, desejar sê-lo. Se meu professor de psicanálise me ouvisse dizendo isso, certamente diria que tenho desejo de não ser notado pelas pessoas. Bom, talvez seja. Mas vamos combinar que ser imperceptível para os demais seria muito interessante? Não imperceptível ignorado, e sim, não visto. Quem nunca desejou ser uma mosca para estar em determinado local, observando determinada situação? A diferença entre optar por ser mosca, é que você corre o risco de ser eletrocutado por uma daquelas raquetes elétricas; ou levar um tapão; ou ainda ser pego pelas asas por uma teia perdida e ser devorado por uma aranha. Argh! Prefiro ser pulga.
Pulga é um inseto minúsculo que sofre bullying a vida toda. É tachado de parasita! Bom, se grudar em algo e sugar para sobreviver é ser parasita, o que são nossos políticos? Se eu fosse pulga moraria em um político. “Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão”. Parasita que suga parasita, bom, deve viver eternamente...
Eu queria ser pulga e criar uma gigante comunidade Pulguense, logo, levando-se em consideração que quero morar em um político e criar uma sociedade, acredito que o ideal seria morar na cabeça da Dilma. Já imaginaram como seria?
- Pica a Dilma, pica a Dilma, filho!
- Ih pai, acho que ela não gosta de levar picada.
O bom de ser um tachado parasita, é que podemos, como as borboletas e abelhas, disseminar os "pólens"! Mas de forma bem dirigida, pega o tifo aqui, leva pra alguém que a gente adora ali... Pega a peste bubônica aqui e dá de presente de natal para outro alguém que merece, não seria lindo?
 Fala sério, ser pulga seria, simplesmente, o máximo! E para não ficar cansativo, encerrarei com um poema da minha utópica Pulgolândia.
Pulgolândia querida, terra desejável
Cidade sem subida, mas de movimento instável
Sociedade sem sul ou leste, ladeada de muitos fios
Peguem ali aquela peste, e levem pra Miryam Rios
FIM :D

sábado, 10 de setembro de 2011

CARTA DE UM RICO

Eu sou rico! E quando digo rico, não me refiro, como os tolos, à saúde, refiro-me a um padrão de vida alto e muito, mas muito dinheiro nos bancos, ok? Saúde eu compro com dólares. Quem acha que dinheiro não compra felicidade é porque não o tem! Eu tenho. Ter para mim é poder e entenda como quiser.
Tenho empresas e muitos empregados. Não me refiro a eles como funcionários mesmo, são empregados, pessoas que estão ali vendendo seu tempo, suor, vidas a troco de alguns trocados. Se os trato bem? Para quê? São todos substituíveis, como os quadros em minhas mansões, quando canso, troco. A diferença é que meus valiosos quadros me dão retorno enquanto esta mísera classe social gera despesa! Por isso não facilito. Dou ordens ao gerente para que sejam desprezados, ignorados, sobrecarregados de trabalho, os faço trabalhar fins-de-semana e assim por diante, afinal, não tenho obrigação de pagar multa para um qualquer que vai gastar no primeiro botequim da esquina o meu suado dinheiro. Tenho muito, mas nem por isso o queimo. Tenho que pensar nos novos carros que comprarei, importados custam muito, mas valem cada centavo. Óbvio, tem que ser importado, pois esta terra não produz nada que valha a pena, País de terceiro mundo que elege um indivíduo de quarto mundo para a presidência, não, literalmente não merece o meu invejável respeito.
Eu sou rico. Não, não canso de repetir. Posso fazer o que eu quiser, onde quiser, no momento em que eu desejar, no lugar que escolher em qualquer parte do mundo e tenho certeza que você morre de inveja da minha condição. Faço tratamentos estéticos caríssimos, das belas unhas dos pés às sedosas pontas do meu maravilhoso cabelo, sou lindo. Faço atividades físicas regularmente, acompanhado de uma personal trainner de gabarito e dieta com um dos mais requisitados especialistas na área. É, sou rico e lindo.
Não sou modesto, já deve ter notado isso, afinal, se está lendo isso, no mínimo você tem acesso a um computador com internet, logo, não deve ser de todo ignorante.  E realmente não vejo motivo para ser.  Caso se ofenda, me processe, tenho vários advogados.
Tempo é dinheiro, então direi “adeus”
Vou viajar o mundo inteiro e visitar alguns museus
Se puder venha comigo, adoro que me acompanhe
Mas serei seu inimigo, se tomar do meu champanhe

“Não sou fútil, apenas tenho uma visão privilegiada da vida”.
Rico

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O CRAQUE

Foi uma infância feliz! Umberto nasceu e cresceu na mesma rua, em um bairro próximo ao cemitério municipal e a três quarteirões de um início de favela chamada Morro dos Macacos. A mais bela praça se estendia por toda a extensão frontal do cemitério e era lá que as crianças do bairro e da favela se juntavam para brincar. A inocência era a base do sorriso, a simplicidade o aconchego de um abraço, apenas crianças, pobres, felizes, sem preocupações e vivendo da forma mais plena a perfeição de uma fase da vida.
“Umberto!”, gritava Júlio. Era o melhor amigo a chamar no portão para mais uma aventura! Quem sabe, talvez, para repetir o feito de construir outro carrinho de rolimã “original”, como daquela vez que usaram cadeira de praia para confeccionar um e, ao testarem, a mesma ficou sem fundo, pois durante o trajeto e atrito com o asfalto o pano dela rasgou levando junto o short de Júlio, deixando a bunda do garoto esfolada e à mostra! Kkkkk! Quanta diversão, quanta alegria, “quanta” tudo! Pois não faltava nada.
Era um grupo grande de crianças. Apesar de a favela possuir apenas alguns poucos barracos derivados de famílias que realmente não possuíam recurso algum de estar em local melhor. Reuniam-se todas as noites para jogar futebol na praça do cemitério. “Umberto!”. Ao sair pela porta para mais um jogo, se Júlio tivesse estampado no rosto o belo sorriso da amizade, Umberto sabia que o amigo tinha algo para compartilhar, biscoito recheado dado pela mãe, talvez?!
Espírito de equipe e união norteavam todos os jogos. Não havia briga, mas o talento de Júlio com a bola era um fenômeno que sempre despertou uma saudável inveja e certa tensão nas pessoas no momento do “dois ou um” para a escolha do jogador, afinal, todos o queriam no time levando a bola no pé como se fosse um chinelo, dando chapéu no adversário como se seus pés fossem mãos! Umberto? Bom, este ia no gol, rs.
Dois ou um! Droga! Quem você quer? Eu escolho O craque. E ia Júlio para o lado que todos almejavam ir a partir de então.
Muitos anos se passaram. A pequena favela já não é tão pequena e não possui apenas famílias sem opção de escolha. O grupo de amigos dispersou, cada um seguiu o caminho que escolheu. Umberto e Júlio ainda moram próximos, mas não se falam mais, pois Júlio o ignora.
Umberto cresceu, comprou uma empresa, depois se formou, escolheu psicologia.
Júlio cresceu, trabalhou vários anos em uma grande empresa, próximo a se formar em farmácia, abandonou tudo e escolheu o craque.
A bela praça, embriagada de maravilhosas lembranças, continua lá! Exaltando o cemitério que um dia testemunhou tudo, vislumbrou um craque e hoje, pelo craque, o aguarda.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

UM DIA FRIO...


Acredito que algumas pessoas vivem para o amor. Aquarianos como nós (meu umbigo e eu), amam para viver, nos alimentamos disso! No entanto, se por algum motivo, força do destino talvez, o amor não se faça presente, somente versos para expressar a tempestade interna que faz de um simples dia, um buraco frio e negro nossas vidas...
Um simples grão de areia
Ou um mar, imensidão
Pequenina, mas não alheia
À minha utópica percepção

É tudo muito mágico
Terra, fogo, água, ar...
Quinto elemento mais fantástico?
Minha vida para amar

Essa loucura me domina
Chama que arde sem cessar
Insanidade que alucina
Mortos a ressuscitar...

Meu coração pulsa forte
Já me sufoca a respiração
Leste, oeste, sul ou norte?
Onde está minha paixão?

Vivo, morto, feliz, depressão!
Estável, instável, acordado ou não
Vivo: Amando. Sem ele, escuridão
Senhor me guia, por este vale, solidão...