segunda-feira, 31 de outubro de 2011

KROMBAK

Duas cabeças, duas mentes, duas personalidades e um coração. Krombak era um majestoso dragão negro, nascido das chamas infernais através da ação de um anjo que sacrificou sua vida para dar alma à criatura que julgava merecer existir para os desígnios de Deus.
Um lado de Krombak era pura maldade. Outro lado era bondade. Não havia discordância entre eles, afinal, sabiam que ambos eram apenas um e que a morte do outro significaria a morte do corpo. Apesar de essências diferentes, viviam em harmonia.
A fera vivia em clausura, aprisionada por um bruxo maligno, o qual buscava a todo custo corromper o lado bom de Krombak. O objetivo do feiticeiro era usar a magia negra do dragão para aniquilar a bondade na Terra, tornando-a um lugar de domínio das trevas.
Após séculos aprimorando a poção, Zabrax - o bruxo, finalmente havia conseguido. Adentrou a fria masmorra para destruir a luz branca que constituía uma parte do dragão. Iniciado o feitiço, demônios voavam no ambiente, riam do lado bom que, sereno, apenas aguardava. Chamas negras se erguiam cada vez mais e envolviam somente a parte benigna da fera. O feiticeiro finalmente conseguiria dominar a Terra, se, o lado demoníaco de Krombak não se revoltasse, destruísse as correntes e devorasse o bruxo.
Os demônios fugiram, havia muita bondade para ser suportada e demasiado mau para ser controlado. Krombak estava livre! Livre para atuar, ser bom, ser mau, ser imparcial...
Ser como nós.

3 comentários:

  1. Essa ambiguidade de sentimentos que todo mundo guarda é complicado...É sabido que não há pessoas totalmente boas, que tem seus momentos de perversidade, de maldades (aquelas que não prejudicam). Mas conheço pessoas más, de sentimentos, de intenções...que só mostram o lado negro. Graças que me afastei desse tipo de gente há muito tempo. Pessoas que sugam sua energia vital, vampiros de alma.

    Alias, otimo tema pra eu falar no blog hoje..

    abração...

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  2. uma metáfora e tanto querida ... a vida é assim mesmo cheia de paradoxos e ambiguidades ...

    bjão

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