quinta-feira, 19 de novembro de 2015

O QUE VALE A PENA?

A existência. O começo, o meio, o fim. Ideologias, aprendizados, certezas, incertezas, sabedoria, felicidade...
Lançar-se para fora de si e ser arrogante o suficiente para tentar enxergar a sua existência, o teu ser, produção, vida em sociedade, amor, sexo... Questionar-se “por quê”, “o que”, “quando”... Buscar evoluir!
O relógio. Tão natural sua permanência em nossa rotina, novamente de bolso, conosco no dia a dia, esfregando na nossa cara os segundos, minutos, horas, dias que passam. Uma ampulheta retrocedendo nosso tempo, mostrando as crianças de ontem, tendo crianças hoje. A pele sedosa já não é tanto. Os fios brancos.
Produção. Induzidos a construir e acumular bens materiais, passamos uma monstruosa parte de nosso precioso tempo “produzindo”, lutando para obter, melhorar ou aumentar o obtido, triplicar o trabalho para mantê-los e, neste ciclo doentio, perdemos o que temos de mais precioso. Somos um monte ambulante, direcionado, rumo ao fim.
 
Só o amor vale a pena! Salva, cicatriza, rejuvenesce. Com ele, por ele, vale a pena existir, seguir rumo ao desconhecido enfrentando o imposto, o tempo e as exigentes linhas de produção.

Sim, amor.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

COISAS DO CORAÇÃO

O problema de ter sido trocado por outra pessoa uma vez, certamente, é que ficam cicatrizes profundas no coração. Por experiência própria.
Você doa-se de corpo e alma, entrega sua vida, esperanças, planos e futuro e, quando menos espera, alguém mais jovem aparece e promete tudo o que você já havia entregue. O indignante é ser trocado por promessas!
Mas por que levantar um assunto morto e enterrado? Porque depois de anos o coração solicita atenção, carinho e novas esperanças... E após anos e anos encontra alguém disposto a te completar, te preencher, te renovar, te amar...
Mas e ae, coração? Aceita e se joga ou vai ficar com esse sentimento de “e se eu abrir minha ferida?”.

“E quem um dia irá dizer que existe razão pras coisas feitas pelo coração?”

Não é justo sermos privados de felicidade plena por um passado infeliz. Não é justo desconfiar de outra pessoa por um erro que não foi seu. Mas são sentimentos.
Certa vez, em momento desilusão, afirmei: Seria tão bom se não existissem sentimentos! Bastava escolher alguém e passar o resto da vida, sem ciúmes, sem o medo de perder, afinal, não haveria razão para ser trocado. No entanto, seria um mundo sem paixão, sem amor, sem tesão, sem carinho, sem saudade... Compensaria?
E se pudéssemos apagar o passado? Seria bom esquecer algumas coisas... Mas e a experiência adquirida? Seria válido esquecê-la também a troco de conforto? Os riscos de se errar novamente e sofrer da mesma forma seriam gigantes! A partir disso podemos dizer que seria um círculo vicioso sem fim, “Erra, sofre, aprende, apaga... Erra, sofre, aprende, apaga...”.

“E quem um dia irá dizer, que existe razão?”

O coração grita "seja feliz!". A razão diz "cuidado, já sofreu demais uma vez...". E, dentro deste conflito, fica uma confusão até... Até um par de olhos olharem aos teus e uma boca sorrindo te dizer "te amo".
Às favas passado! Às favas razão! Vou me entregar, vou tentar uma, duas, três... Mil vezes se necessário! Vou correr o risco de sofrer pelo erro novamente, mas não sofrerei por não ter dado mais uma chance para a felicidade...

Que assim seja.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

GERAÇÃO NOVINHAS

Somente os privilegiados sabem o que foi viver na década de 80! As brincadeiras de rua, brinquedos caseiros e muito contato humano! Talvez essa falta de contato com o próximo na infância explique a “desumanização” que cresce a cada dia e, claro, com a ajuda da crescente e evolutiva tecnologia.

Presenciamos dia a dia as pessoas se afastarem umas das outras, comunicando-se apenas através de seus aparelhos celulares, que, cada dia mais, possuem mais recursos para “facilitar” a nossa vida. É extremamente comum vermos as pessoas em shoppings sentados à mesma mesa comunicando-se através de celulares. E vivaaaaa o Wi Fi! Onde chegaremos?
 

No entanto, como sabemos, tudo é bom ou ruim dependendo de como é usado. A tecnologia, no caso, está sendo usada de forma inusitada: É comum nos grupos do aplicativo Whatsapp o compartilhamento de fotos e vídeos... Mas o que impressiona e, acreditem, é a moda da exposição da “Geração Novinhas”. São meninas com idades a partir dos 11 anos que tiram fotos sensuais, nuas ou de suas genitais e compartilham com as amigas ou namoradinhos e... CAEM NA REDE! Como um vírus, as fotos rodam o mundo, expondo a inocência de crianças embaladas por um modismo. Sabem elas o risco que correm ao se exporem? São centenas de milhares de tarados pedófilos à espreita como verdadeiros lobos-maus e elas se jogam na rede em forma de chapeuzinho vermelho.
 
E os pais nessa história? Nem imaginam! Pensam que suas filhas estão no quarto brincando de Barbie ou lendo algum romance. “Acordem velhos”, deixem de ser “caretas”, atualizem-se! F5 em vocês! Acordem pra vida, pois de moral e bons costumes não restou nada! Os românticos também não existem mais viu? Os jovens hoje estão curtindo a geração de suas filhas, a  “geração novinhas”.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

DESDOBRAMENTO


A estória a seguir foi um sonho, intenso, longo, real... Foi doloroso e, por isso, relutei em escrevê-lo. Talvez pareça confuso em algum momento e, por certo, será mesmo: A confusão mental que eu sentia. Uma amiga disse que eu tive um “desdobramento espiritual”. Considerei conveniente intitulá-lo dessa forma.

Desdobramento

Eis que acordei em uma boate, em uma mesa, separado da multidão que dançava freneticamente na parte inferior... Minha cabeça girava, sentia muita tontura e um mal estar típico de quem acordara com ressaca. Estava sentado à mesa com três belas moças e, por mais que eu me esforçasse para reconhecê-las, não conseguia! No entanto, a moça loira de coque me passava muita confiança, parecia-me familiar, mesmo assim, não me recordava dela.

Tentei levantar da mesa e rapidamente elas evitaram o ato dizendo: “Calma Daniel, você não está bem”. O fato de elas saberem o meu nome era um indicativo de que eu não havia dormido ali por um acaso, logo, devia fazer parte daquele grupo... Apenas não sabia como tinha chego lá e, realmente, não me lembrava de ter bebido, tão pouco ao ponto de não lembrar com quem estava. Pedi para que me trouxessem água, a sede só não era mais perturbadora que a maldita sonolência.

Logo após saciar aquela sede descomunal, notei que, ao longe, um homem vinha em nossa direção gritando e apontando para a nossa mesa. Eu não entendia o que ele dizia, mas não sabia se era devido ao som alto ou se ele falava outra linguagem. O fato é que ele se excedeu tanto que foi retirado por brutamontes seguranças assim que se aproximou de nossa mesa.

As moças demonstraram grande preocupação e rapidamente fomos retirados da boate pelos fundos, orientados por outros seguranças. Quando saíamos, fui colocado no banco traseiro de um enorme carro preto e, ao olhar pelo vidro, vi quando os seguranças jogaram para fora o homem que tentara nos agredir no recinto. Ao notar que éramos nós que evadíamos do local, ele sacou rapidamente uma arma. Três tiros foram disparados. Uma das balas estilhaçou o vidro traseiro e... Tudo ficou escuro.

Eu não havia sido atingido. Quando acordei, observei que estávamos em uma estrada estreita, escura, onde só podíamos ver o que os faróis iluminavam. Notei que a condutora estava sonolenta e me propus a assumir o volante, tendo sido concedido após aprovação com o olhar da loira de coque que estava no banco do passageiro. A motorista encostou o carro, descemos para a troca, mas fiquei em estado de alerta constante, sempre com a sensação de que estava sendo observado. Ao assumir o volante, fui orientado: “Basta seguir o GPS”.

Dirigi por horas e horas, o sol foi surgindo entre as montanhas, uma leve névoa se formava entre as gigantescas árvores ao redor da pista... Pouco antes do amanhecer estávamos entrando em uma bela cidade, de arquitetura futurista, muito clara e populosa. Aos chegarmos ao centro da cidade, notei que conhecia o coreto daquela praça, mas estava diferente, como se o tivessem ampliado e reprojetado, mas sem mexer em sua estrutura original. Seria possível que eu estava na minha cidade natal? Enfim tive a confirmação que era minha cidade ao passar por uma velha casa próxima ao centro, era a Senhora Amália debruçada na janela a observar o movimento. Mas (como e) o que havia acontecido com a cidade?

O GPS apontava para eu entrar em um enorme edifício, todo de vidro prateado, lindo, majestoso... Desci uma infindável rampa em forma de caracol até que chegamos a um amplo salão. As moças desceram e dirigiram-se firmes até a única porta do local, vestindo jalecos brancos. Por não conseguir alarmar aquele carro “diferente”, fiquei para trás.

Quando abri a porta me deparei com um corredor comprido, piso brilhante, muitos vidros espelhados e portas, muitas portas. Adentrei a primeira porta e deparei-me com uma imagem chocante! Eram muitas pessoas em macas! Estavam estáticas, entubadas, com soros, máscaras de oxigênio... Pensei: Que crueldade é essa? Um senhor em uma das camas me notou, sem forças para falar, visivelmente debilitado, estendeu a mão com dificuldade como se pedisse ajuda. Fui até ele e segurei-lhe a mão no intuito de passar-lhe alguma segurança, mostrar que não estava sozinho... Mas algo muito estranho aconteceu!

Aquele senhor abatido, de olheiras profundas e respiração dificultosa começou a corar novamente, suas olheiras foram esmaecendo, seus lábios retomaram a cor e, num movimento retirando sua máscara de oxigênio, disse em alto e bom tom: “Obrigado”. Com o susto tomado, soltei sua mão instantaneamente e corri em busca das moças que ali haviam me deixado. Eu angustiava por respostas!

Após passar por muitas portas, sempre com o mesmo cenário de filme de terror, encontrei-as em uma ampla sala no fim daquele corredor. Dirigi-me à moça de coque, afinal, pelos indícios ela deveria ser a superiora no local. Perguntei-lhe “O que é isso aqui? Por que essas pessoas estão em macas e entubadas? Por que EU estou aqui?”. A moça se aproximou e, vendo a angústia em meu olhar, disse: “Trouxe você de volta para fazer valer todo o sacrifício de nosso pai, Daniel”. Sem entender absolutamente nada – não fazia sentido - disse a ela que estava enganada, pois eu não era seu irmão! Disse a ela que eu possuía quatro irmãos, mas de um família humilde, de cortadores de cana... Ela me olhou profundamente nos olhos e disse “você morreu”. Fiquei alguns segundos pasmo, tentando processar tal informação.

Me passando toda a confiança nas palavras ela me disse: “Nosso pai foi um brilhante cientista, nos criou a partir de seu gene para um bem maior. Na época, indignados com a possibilidade de uma criança não ter direito à uma vida normal, sequestraram você e deixaram na porta de uma família em uma fazenda. Esta família registrou você como deles e nosso pai nunca te encontrou. Você viveu uma vida normal até ter sido vítima de uma fatalidade no percurso de sua existência. Mesmo sem reagir foi baleado em um assalto e não resistiu”. Irritado, gritei a ela “MAS EU ESTOU AQUI!ESTOU VIVOO!”. De maneira simples e direta ela disse “Você é um clone! Não foi fácil chegarmos até seu paradeiro e, infelizmente, tarde. No entanto, utilizamos de nossa engenharia para recriá-lo, mas não sabíamos se ou o quanto suas memórias o acompanhariam. Na tentativa de recriar o último local que você viu, o levamos para despertar na boate. Foi ali que você morreu e, ali, despertou novamente para a vida”.

Eu morri. Morri duas vezes, pois ESTAVA MORTO ALI! Mãe... Pai... Quanta dor, quanta angústia! Corri... Corri muito! Não fui impedido. Subi aquela rampa aos prantos, sem ar, sem nada... Lembranças de uma infância feliz, de muitos amigos, dos irmãos, sobrinhos... Todos mortos. As lágrimas me afogavam... A saída! A cidade! Continuei a correr. O coreto do jardim estava ali, mas realmente não era o mesmo. Ar! Precisava de ar! Queimava-me o peito, queimava-me a alma “Por que Deuuus?”.

Foi quando me dei conta de que eu havia passado pela Dona Amália ao entrar na cidade. Dirigi-me rapidamente ao sobrado e eis que a encontro no segundo andar, na janela como sempre, e meu pulmão enche-se, de esperança. Grito “Dona Amália, pelo amor de Deus me ajude, por favor!”. Lágrimas engoliam minhas palavras. Ela fez um gesto com a mão para que eu a esperasse e desceu as escadas laterais. Quando chegou bem próximo, vi que não era ela, mas alguém muito semelhante. Ela me disse “De que você me chamou? Amália? Esse era o nome da minha bisavó”. Realmente a bisneta parecia-se muito com ela, fisionomia, cores de roupas, cabelos e o estranho hábito de ficar na janela. O gene realmente carregava informações de gerações a gerações. Pedi desculpas àquela senhora e sai sem muitas explicações, afinal, o que eu diria? Voltei rapidamente ao prédio onde estava aquele tipo de clínica, mais do que nunca precisava de respostas!

Ao chegar à clínica, a moça me aguardava - sentada e calma. Aproximei-me e, agitado, perguntei “Você me disse que eu tinha que fazer valer o trabalho de nosso pai, por isso me trouxe de volta, o que é?”. Ela levantou-se devagar, foi até um vaso com uma delicada planta próximo de uma coluna que sustentava a sala, tirou sua luva e tocou a planta. Eu não podia acreditar no que meus olhos me mostravam! A pequena planta cresceu majestosamente e envolveu rapidamente toda a coluna!

Fiquei em choque. Após alguns segundos de pura confusão mental me reestabeleci, olhei para ela e disse “Por Deus, você tem um dom!”. Ela me olhou e, com um sorriso singelo, me disse “Não Daniel, nosso pai me fez assim, assim como você! Você também tem um dom e é por isso que lhe trouxemos de volta, para terminar o que nosso pai começou. Sozinha eu não consigo.”. Admirado com a afirmação, exclamei “Não. Eu não tenho nenhum dom.”.

Firmando-me o olhar, com toda a convicção ela disse “VOCÊ É A CURA PARA O CÂNCER”.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

DA CASA DOS 30

Bom dia! Ontem foi meu aniversário e (re) pensei sobre muitas coisas: É tão interessante poder visualizar o mundo (o meu mundo) da perspectiva da casa dos 30, só quem viveu sabe, quem ainda não – ainda terá a oportunidade... É muito fantástico o poder de renovação da vida, o fluxo, o movimento, a beleza, magia e tantos outros adjetivos que eu utilizaria para TENTAR descrever o sentimento. A experiência, que nem é tanta, torna as pessoas mais transparentes, somos capazes de enxergar e valorizar o que é bom e de afastar o que não se enquadra ao nosso perfil ou ponto de vista. As crianças que carregamos no colo no hospital ao nascerem, hoje, são adolescentes, adultos, cresceram se tornaram lindos homens e mulheres, namoram, constituem família, tomam decisões, brigam pelas mesmas razões infundadas pelas quais já brigamos, segue... Fluxo, movimento... É um privilégio viver para ver...



Desta casa, dos 30, nos permitimos mais, somos independentes emocional e financeiramente, não nos preocupamos com a opinião ou censura alheia. Podemos abraçar os amigos, seja homem ou mulher, agradecer com um forte abraço ou um beijo, ignorando o olhar malicioso dos que não compreendem ou não tem a coragem ou, ainda, maturidade para repetir o gesto. Somos livres. 


Os verdadeiros amigos são o dom Divino! Estão presentes nos momentos tristes para nos lembrar que não pertencemos àquela tristeza e, graças, nos momentos felizes, para beber a vida, rir, contar piada, desfrutar momentos únicos que não se repetirão jamais, mas que ficarão na memória, como um vídeo digitalizado no CPU de nossa mente. 


Desta perspectiva, pelo menos pra mim, não faz diferença a idade, gosto da amizade juvenil, dos que tem a minha idade e dos mais experientes que eu. Os primeiros me renovam em todos os sentidos, a juventude é a vida pura! Os que tem a mesma idade, tem a mesma visão e compartilham das mesmas experiências, possibilitando uma troca que permite que evoluamos mais como ser humano... Já a terceira categoria, os amigos da casa dos 40, 50, 60, estes são mais especiais porque são, sem dúvida, a primeira e segunda categoria juntos, já que possuem toda a jovial vontade de viver, com o privilégio da experiência que ainda não possuímos. Estes agregam mais que ninguém a uma vida. 


De qualquer forma, sinto que todos são especiais e, por isso, resolvi dividir um pouco do que sentia e agradecer, muito, por cada um que tirou alguns minutos ou segundos de sua valiosa vida para me desejar “feliz aniversário”. Graças a tantos votos, foi mesmo! Um pouco ludibriado pela tragédia ocorrida àqueles que não terão a oportunidade de experienciar e chegar a esta casa... 


Muito obrigado! Fortes e grandes, beijos e abraços!

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

IRREVERSÍVEL

Não era verão, nem inverno, sequer sabia qual estação predominava, pois ora esquentava demais, ora esfriava demais... Apenas era. Eu sentia saudade dos meus amigos, dos meus pais, sentia saudades da minha cachorra. É! Sentia muita falta da minha cachorra. Sentia uma paz infindável ali, mas me incomodava o fato da inflexibilidade sobre este sentimento, será que todos pensavam como eu? Eu dormia, acordava, dormia, acordava e às vezes eu acho que mudava as nuances das cores do lugar, mas nada que se levasse em consideração.
Outro dia vi alguém diferente passar voando pelo corredor e me dirigi o mais rápido possível para tentar alcançá-lo, mas parece que foi só eu piscar e ele sumiu! Nem vi para que lado aquele ser se escafedeu! Talvez eu esteja ficando louco...
Lá estava a porta. Seria eu capaz de alcançá-la dessa vez? Criei certo pânico depois de tantas tentativas de passar por ela. No início eu a enfrentava, mas sempre despertava no quarto. Não, não estou ficando louco, é natural as pessoas possuírem fobia de algo ou, quem sabe, meu caso não passe de um simples transtorno obsessivo compulsivo?
O fato é que não quero mais a plenitude, a certeza, essa paz! Não são todos que foram feitos para essa realidade. Queria minha ira de volta, a chama que queimava em meu peito, o desejo... Queria gritar alto, muito alto, quero explodir, queria... Queria... Queria a minha vida de volta!
Se foi por mérito eu estar aqui e de tantas possibilidades houve essa inversão do que eu esperava, desejo do fundo de minha alma que o arrependimento me mate novamente...

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

EXTERMINADOR DO FUTURO

O título, muito conhecido pelo afamado filme estrelado por Arnold Schwarzeneger, não relatará o contexto cinematográfico, dissertará sobre educação. Mas o que eles têm em comum? Respondo: A palavra “futuro”. É dito por todos que a educação é o futuro do País, que as crianças são o futuro do País, logo, por A+B, que crianças formadas serão o futuro de nosso País. Paupérrimo futuro!
Promovendo um trabalho paralelo com o ensino público, pude fazer algumas constatações que permitem apontar o abismo para o qual estamos caminhando. Nosso ensino é digno de vergonha e somente, literalmente, Deus poderá dizer se haverá um amanhã.
Quando eu era criança, sempre ouvia dos meus pais que os “políticos” queriam que as pessoas não estudassem, pois desejavam indivíduos analfabetos para mantê-los no governo sem maiores exigências. A frase sempre fez certo sentido. Hoje, com experiência na área escolar (ensino particular) e o trabalho junto das escolas públicas, posso dizer que nossos governantes finalmente estão alcançando seu objetivo, maquiando a realidade de forma inconsequente, comprando as famílias com bolsas-miséria (bolsas família, escola, gás, etc.), dando a falsa percepção aos países desenvolvidos e índices como IDEB e IDH de que estamos evoluindo.
Amigos, a realidade é outra. As crianças estão sendo aprovadas ano a ano, segmento a segmento, sem base, sem alfabetização, sem bases educacionais ou psicológicas para tornaram-se pessoas competitivas no mercado de trabalho. São “alunos copistas”, como dito por uma coordenadora que relatou que os alunos copiam a matéria da lousa, depois aguardam para copiar as respostas:
 “Assim caminha a humanidade, com passos de formiga e sem vontade...”
Lulu Santos
As drogas invadiram as escolas, são traficantes, usuários, todos convivendo na comunidade escolar e os profissionais não tem recursos para administrar a violenta realidade que se apresenta a eles.
Crianças e adolescentes dependentes químicos, violentos, sem estímulo, obrigatoriamente nas escolas para o ganho de uma “bolsa” do governo que, por sua vez está feliz com os índices e rankings.
O que será desse país de risonhos, lindos campos e bosques com mais vida? Que grandeza o futuro espelha se esta paz no futuro depende desta glória falsa ignorada por todos... ?
Ó pátria amada,
Idolatrada,
Salvem! Salvem!